STREET FIGHTER - Até onde você conhece o Hadouken?

Com o anúncio do novo jogo Street Fighter, muito marmanjo ficou maluco com a idéia de voltar a jogar com seus personagens prediletos no melhor jogo de luta do mundo (IMNHO). E, enquanto todos ficam vendo as novas fotos e vídeos do jogo, é normal relembrar aquela época em que passávamos horas nos fliperamas (botecos) ou em casa, jogando ‘contra’ durante horas e discutindo as histórias, origens e encerramentos dos jogos. Claro, se já não bastasse a própria falta de informação oficial sobre os jogos, ainda tínhamos várias revistas “especializadas” que adoravam inventar bobagens sobre os personagens.
Soma-se a isso a quantidade absurda de versões de Street Fighter II, e tínhamos uma salada maldita. As novas versões eram continuações? Atualizações? Se eram continuações, como explicar tantas mortes do Bison? E qual era o final “verdadeiro”? E o que era aquele Hadouken vermelho que o Ryu soltava de vez em quando? Havia mesmo um personagem secreto?

Como já disse, a Capcom nunca esquentou muito a cabeça com a continuidade do jogo, e nem mesmo liberava informações precisas sobre os personagens ou o próprio jogo (O que gerou, aliás, a infame ligação da Capcom americana para a Capcom japonesa perguntando se aquela historia do Sheng Long era verdadeira). Para piorar, a venda dos direitos dos personagens para a realização de filmes e mangás, e animes acabaram criando um nó gigantesco na cabeça de muita gente, com maluquices como Zangief vilão, por exemplo. A história dos personagens mudava a cada pessoa com quem você conversava, e a graça era saber quem estava mais por dentro das últimas novidades.

A situação começou a mudar quando a SNK lançou a série King of Fighters e deu uma cronologia clara a ela. Todos os personagens que estavam no jogo tinham uma razão para estar ali, e do KoF 94 ao 97, havia uma história por trás, os personagens evoluiam, relacionavam-se entre si, e isso criava alterações nos times dos próximos jogos. Com esse conceito de continuidade, aos poucos a série foi ganhando terreno. Percebendo que os jogadores gostavam da idéia de CONHECER os personagens, a Capcom correu atrás, e começou a tentar desatar o nó da série Street Fighter, além de tentar integrar outros jogos (como Final Fight) em um único universo. E assim era lançado Street Fighter Alpha, jogo que, ambientado entre o 1º e o 2º Street Fighter, e que incluia Guy, do Final Fight, entre outras aparições.
OK, tudo lindo, mas… muito do que foi estabelecido ali não batia com os jogos antigos, como datas, locais e personagens entrando em contradição. A Capcom tentou remediar alterando alguns detalhes em novas versões do Super Street Fighter II, mas já havia sido criada uma confusão considerável na cabeça de muita gente. Parecia ser um trabalho impossível resolver a bagunça. Ou não.

Existe hoje disponível na internet um guia definitivo de Street Fighter, nos servidores do GameFAQS, e com informações bem mais completas, totalizando “só” 25.365 linhas, ou umas 700 páginas de texto PURO. Acreditem, a quantidade de informação é de deixar qualquer um maluco!

Querem saber, por exemplo, como funciona o Shun Goku Satsu do Akuma? Simples: ele manda o adversário para o inferno, onde demônios atacam a pessoa no tempo em que a tela está branca. E como Gen conseguiu escapar ileso desse golpe? Mais simples ainda: Ele conseguiu, no último momento antes do golpe, limpar sua mente, alma e corpo de qualquer pecado, tornando-se ‘intocável’ pelos demônios! E você pensando que o Ryu era o fodão da série….
Um lembrete: O guia está em inglês, e não é tipo de coisa que possa ser lida de uma tacada só. Eu mesmo levei dias para conseguir terminar, e agora tô vendo que vou perder mais um bom tempo relendo tudo para pegar os novos detalhes…. Mas, se você é fã da série como eu, não pode deixar de ler. E que venha Street Fighter IV!

Vale muito a pena conferir!