E mais uma vez a culpa é dos jogos...
Na semana passada, aconteceu uma terrível tragédia na
Noruega: o extremo-direitista (e claramente insano)
Anders Behring Breivik esteve envolvido numa explosão de uma bomba na capital do país,
Oslo, matando oito pessoas. No mesmo dia, o mesmo maníaco abriu fogo contra um acampamento de verão, onde estavam crianças e jovens. Foram mais 68 mortes.
Breivik declarou abertamente a incitação à violência contra comunistas e muçulmanos, após confessar a culpa nos crimes. Como se não bastasse isso, ele ainda comentou que
Modern Warfare 2 fez
“parte do seu treinamento”, e que seu vício em
World of Warcraft o ajudou em outras
“atividades subversivas”.
Não significa que ele apontou o dedo para os games e disse “estes são os culpados”. Mas foi o suficiente para incitar o vespeiro do banimento dos games.
O membro do
Lobby Cristão Australiano Jim Wallace disse que a declaração do terrorista foi a gota d’água para banir os jogos de uma vez por todas. Segundo ele, a culpa da desumanização das pessoas e a transformação em libertários assassinos e malucos é de todos estes jogos violentos, que já deveriam ter sido banidos há muito tempo.
Mas o membro do governo australiano,
Brendan O’Connor, disse que a culpa da tragédia é da mente perturbada de Anders, e que de nada adiantaria culpar filmes, jogos ou o que quer que fosse pelas atrocidades cometidas no mundo. Segundo ele, o que tem de errado no acontecimento é o próprio terrorista, não o que ele jogava ou assistia.
A
Austrália, nos games, possui apenas classificação indicativa de até 15 anos (censura máxima), fazendo com que uma infinidade de games mais violentos ou adultos não possam ser lançados lá. Um projeto, que está há meses em votação, pretende criar um selo 18+ para games, e assim eliminar a necessidade de completa censura por lá.
O’Connor está angariando cada vez mais apoio do público, já que o projeto de colocar uma classificação indicativa específica para adultos nos games é dele. Com essa declaração aberta, os games ganham ainda mais força contra os argumentos preconceituosos e discriminatórios que sempre se aproveitam de tragédias terríveis.
Até quando?